É muito comum, na data de comemoração do Dia da Mulher, presenciarmos ações que perpetuam estereótipos femininos, a atender padrões comportamentais machistas e misóginos, reforçando visões limitadas e prejudiciais sobre as dimensões de ser mulher e de suas lutas.
A ideia de distribuir presentes, como comemoração pelo Dia Internacional da Mulher, associada a contextos machistas, não promove a mobilização necessária e própria desse dia e de sua história e reforça a cultura de objetificação e de opressão das mulheres. O que parece inofensivo ou mesmo libertador, como massagens, serviços de beleza ou mesmo itens relativos ao exercício da sexualidade, podem desconsiderar os papeis e a representatividade das mulheres, principalmente em seus ambientes de trabalho ou por instituições que possuem o dever e a responsabilidade de combater violências de gênero e zelar pelo cuidado no letramento antidiscriminatório e na mensagem simbólica de suas ações.
É crucial confrontar esses comportamentos e desafiar ativamente os estereótipos de gênero que subjazem a todos eles. O Dia da Mulher é um momento de celebração pelas conquistas, mas é, acima de tudo, momento de reflexão, de ação, para promover a igualdade e a dignidade de gênero em todas as esferas da sociedade, no combate à violência em suas múltiplas formas.
Precisamos receber o que nos é devido, em paz, dignidade e integridade.
Por equidade e respeito às mulheres em todas as unidades do Ministério Público brasileiro.
Movimento Nacional de Mulheres do Ministério Público.